Anjo obsceno

 

No Céu, barrado sem recurso;

do outro lado - do Inferno - expulso.

 

Que resta então? Andar errante

na solidão, lembrando amantes?

 

Cruel martírio esse veneno,

de reencarnar um anjo obsceno.

 

 

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N. do A. – Na ilustração, Amor Triunfante de Caravaggio (Itália, 1571-1610).

João Carlos Hey
Enviado por João Carlos Hey em 18/02/2015
Reeditado em 08/01/2023
Código do texto: T5141158
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