Auto-descrição
O vento errante que norteia minh'alma
Faz de mim espírito viajante
Meu coração de parada incerta é feito assim, de âncoras que vezes me prendem ao fundo e por vezes mostram-me o mar
Porque nada em mim é certeza, tampouco é calmaria, e o vento acabou por me mostrar que saber boiar é um ato de sobrevivência e estupenda teimosia
Trago em mim uma essência confusa que não deveria permitir tornar-se morada de ninguém
Porque fundem-se muitas mulheres em uma
E creio que alguns homens também.