O pássaro pousado em minha janela noturna
Traz na aragem as manhãs deslembradas
Abrindo cores das flores acaçapadas
Por chuvisqueiros de negrumes adormecidos.
Tão efêmero é o seu estar
Que o momento é a eternidade que colho com mãos desapossadas
Dos infinitos céus viajando em suas asas
Das inéditas estações atravessadas por seu incessante canto.
 
Toda a imensidão é uma dúbia sombra
Enchendo de lumes a pequenez da minha janela.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 17/02/2015
Código do texto: T5140214
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