SOMBRAS DO CORAÇÃO
Em que ponto nos perdemos,
Quando os sorrisos se tornaram raros,
E a distância, nosso companheiro fiel?
Onde está o brilho
Que outrora iluminava nossos dias?
Agora, apenas sombras restam,
E eu, na penumbra, procuro respostas.
Anseio por um toque que não vem,
Por palavras doces que se perderam no vento.
Será que ainda me amas,
Ou sou apenas um eco do que fomos?
Teus olhos, janelas para tua alma,
Estão opacos, intransponíveis,
E eu, preso do lado de fora, me desespero.
No silêncio da noite,
Meus pensamentos gritam teu nome,
Clamando por uma resposta,
Por um sinal de que ainda há amor.
Mas tu, envolta em teu mundo,
Pareces distante, inalcançável,
E eu, mergulhado em insegurança, temo te perder.
Questiono tua sinceridade,
Teus gestos, tuas palavras,
Tudo parece incerto, nebuloso.
Será que sou apenas um passatempo,
Ou realmente sou teu amado?
A dúvida corrói meu ser,
E a frustração se agiganta, impiedosa.
Busco teu carinho, teu afeto,
Em cada gesto, em cada olhar.
Quero mais do que migalhas de atenção,
Desejo teu amor pleno, sem reservas.
Mas tua indiferença me fere,
E minha alma sangra,
Anelando por um relacionamento verdadeiro.
Minha intensidade te assusta,
Ou será que te sufoca?
Preciso de clareza, de respostas,
Para saber se ainda há esperança.
Mas tu, envolta em mistérios,
Deixas-me à deriva,
Navegando em mares de incerteza.
No fim, restam apenas dúvidas,
E um coração que clama por reciprocidade.
Será que ainda há tempo para nós,
Ou estamos destinados a nos perder?
Entre sombras e luz,
Busco teu amor,
Esperando que, um dia, possamos nos reencontrar.