SONHOS ABUTRES

Esses sonhos abutres não me envaidecem,

Tolas são as tentativas vindas no silêncio,

Porque meu magnetismo pessoal é incenso

E desvia os agouros que não me apetecem.

Idiotices que circulam em derredor do sono

Não encontram guarida em secretos anseios

Chaveados em meu íntimo onde só eu os leio

E os mantenho franzinos tais folhas de outono.

São cretinos os devaneios que usam da força

E tentam arrombar os anelos da clave insossa

E mãe das notas desafinadas do meu violão...

Otários! Meu estado onírico tem único governo,

Apenas sonho com o que não me deixe ermo

Para que violetas e lírios oferte eu ao coração!

De Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 16/02/2015
Código do texto: T5139613
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.