VOZ DE POETA

Não quero ser poeta de renome

nem ter meu nome em livro de história.

Quero a poesia presente, aqui e agora.

Falo de flores, amores e desamores.

Falo de dores e solidão.

Não tenho estilo definido,

sou lírico, às vezes romântico.

Não faço rimas, não tenho métrica.

Sou constante, mutante.

A poesia é assim:

Nasce livre, espontânea.

Sem tempo certo, sempre acontece.

Às vezes um quarteto, um soneto.

São versos tristes, alegres, sofridos.

Recordações de um tempo qualquer.

Uma saudade, uma lembrança.

Uma paixão, solidão.

A inspiração sobressaí,

e a mão registra o pensamento em pranto.

São passos, traços, marcas de um tempo passado.

E no final é tudo êxtase, me realizo plenamente.

E a poesia ganha vida, vive comigo meus momentos.

É companheira, amiga e confidente.

Se sou poeta, não sei.

Mas a poesia está em mim!...

Mesmo que na primavera não tenha flores.

Mesmo que hoje não chova, nem faça sol.

Mesmo que a noite seja infinita.

Mesmo que o amor nunca aconteça.

Jair Rodrigues - Governador Valadares / MG - 16/02/2015

Abraços aos meus amigos poetas do Recanto das Letras, e principalmente, aqueles que visitam a minha escrivaninha.

Jair Rodrigues
Enviado por Jair Rodrigues em 16/02/2015
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