SAUDADE DE UM OUTRO PEDACINHO DE CHÃO
Hoje, nesta segunda- feira de carnaval
Saí por ai, desbravando, um matagal.
Meus pés, por estes estreitos caminhos
Vão me trazendo, o cheiro de mato,
Que, a mim, até parecia, esquecido.
Ao longe, escuto do gado, o mugido.
O som do chocalho, de mim, tão conhecido,
Chega trazendo lembranças, do passado.
Por estes campos, agora, andando,
O sol, rapidinho, pelo ceu, caminhando,
Quase, como sem querer, vem avisar,
Que é hora, de para a Casa Grande, voltar...
Mas, ali, na beira, do caminho
Frondosa mangueira, me oferece, abrigo!
Eu, me deixo ficar aqui, quieta, parada.
Deleitando-me, com o cantar da passarada...
Até parece, que estou, em meio ao paraiso,
Em outras manhãs, em outro pedacinho de chão,
Por onde, tu e eu, andavamos de mãos dadas...
E, era tanta a nossa alegria e tanta, felicidade
Que,nunca imaginei, sentir, assim, tanta, saudade
Angustiando-me a alma, esmaga meu coração!
(Escrito, hoje, 16 de fevereiro, de 2015, uma segunda- feria de carnaval, pelas 13 horas e 55 minutos... são belas e doloridas lembranças de um outro tempo feliz, em um outro pedacinho de chão)