O Tempo: VELEIRO
Ir e vir por aí,
nas tais
ventanias
que vêm variantes
sem marcas. sem formas:
nas emoções...
nos pensamentos...
na poesia.
Ir no vento que sopra
que leva adiante,
em versos ligeiros,
fluindo constantes...
deixando a espuma
do tempo... veleiro.
Viagem
intrigante,
eterno
mistério,
fissura, euforia...
as velas abertas
entregues ao vento...
que fala tão perto
no eco
aguçado
da concha vazia.
Navegar impreciso
no rumo que vento...
que o tempo escolher.
É o mar
velho mestre,
ditando o destino:
um porto seguro -
em paz... calmaria?
Ou no azul se perder?
Dete Reis