meditações II
sempre penso em deus
preso na vastidão
do negrume que há por trás dos céus;
penso em deus e faço notas
sobre o silêncio e a solidão.
concluo mais ou menos
que deus é também um pedaço de breu,
de morbidez inefável.
quando penso em deus,
breus e vastidões,
não consigo deixar de me perguntar
em que lugar do silêncio choviam estrelas
nas tuas primeiras horas.