Complexidade

Eu vejo o mundo redondo
E vejo ele quadrado.
Eu vejo tudo perfeito
E vejo tudo errado.

Assim segue a existência
Da raça chamada de humana.
Assim segue os vestígios
Dessa corja leviana.

E eu sigo meu caminho
Não me decido por nada.
Ando, rolo e me levanto.
Sacudo a poeira e vou pela estrada.

A desilusão não me maltrata.
E nada me tira a vida.
A saudade, essa me mata
Sou a sombra destruída.

Quero fugir do azar.
E nem pensar na tristeza.
Ir para o fim da estrada
Onde só haja riqueza.

Quero dormir e sonhar.
Acordar plantando flores.
Esquecer dessas besteiras
Quero ter os meus amores.

Quero você para amar.
Quero ter os meus amores.

Neide Azevedo Lameu