Fogo Selvagem

Fogo Selvagem

Tinha tantos amigos, tanta alegria em meu viver. Gostava de dançar e moderadamente até de beber, não fazia planos para o futuro, era tão jovem, só queria viver. E ela surgiu lenta e traiçoeira e minha vida em um mar de tristeza se transformou, primeiro foram os falsos amigos, depois minha alegria também me abandonou. Meu rosto tão lindo, lentamente pelas feridas foi se cobrindo e ninguém sabia me explicar de onde veio e por que em meu corpo foi se alojar. No início pensei até em me matar, e o espelho era uma tortura que me fazia chorar, e, nas noites sozinho rezava por alguém que me desse um pouco de esperança, um pouco de carinho, mas não encontrava ninguém que pudesse minha dor alentar, e por Deus, ódio comecei a tomar, e na ausência da fé mais doente fiquei. Não entendia porque esta sina tinha que carregar, o despeito abria uma ferida que mais que a doença, me matava por dentro, então me tornei triste e rancoroso e a esperança havia morrido em meu peito. Mas um dia, sentindo a morte chegar, sentindo a vida lentamente me abandonar, lhe conheci. Tuas palavras trouxeram fé ao meu coração, teus carinhos mostraram que havia um caminho, tua luz irradiante, me fez alegre como antes e a esperança que era uma ilusão tão distante, voltou a ser uma realidade naquele instante. E hoje, consigo sentir a beleza das flores e no arco íris vejo mais coloridas suas cores, e sei que minha missão não é tão dura como a de outros irmãos. E tudo isto foi Aparecida Conceição que me ensinou, hoje meu corpo ainda está doente, mas tenho convicção, que minha alma esta curada, e foi graças à você, minha vovó do coração.

Poema de Orlando Jr.

orlando junior
Enviado por orlando junior em 04/06/2007
Código do texto: T513823
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