Sabina

Sabina

Inda há alguma força em teus frágeis tentáculos;

também sustentáculo em tuas raízes em ruínas;

quais malditos ventos sopraram a tua sina

pro teu triste porte causar um espetáculo?

Só há sobrevida se for por um miráculo

encaras o mau tempo tão desde menina;

pelo fado cruento é que aprendes e ensinas

o não esmorecer perante os obstáculos.

Se a vida é um expiáculo resultas em ser forte

duelar às borrascas te faz uma heroína;

moldar-se aos retorces se faz tua rotina.

Cumpres o teu ciclo sem queixar-te à sorte;

sem temor pelejas até chegue à morte;

com dor te contorces, oh, nobre Sabina!

Beto Acioli