Poema Primordial

Para que a poesia seja primordial

tem que haver o amor entre o bem e o mal

e alguns fantasmas vagando pela noite

junto aos cães que ladram à lua cheia;

tem que haver nuvens pesadas e chuva

de verão, com relâmpago e trovão

e na enxurrada que carrega a palavra

um passeio em um barquinho de papel;

tem que haver fadas encantadas

com asas roubadas de borboletas

e arlequins e pierrôs e colombinas

em uma passarela na varanda do quintal;

tem que haver um jardim de sonhos

coloridos, cores diáfanas de um beija-flor

e flores, muitas flores de pétalas azuis

e amarelas e vermelhas e transparentes;

tudo misturado dentro de uma mente

intermitente, que observa a gente;

semente com pensamento de poeta

que lança ao léu o véu da imaginação.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 14/02/2015
Código do texto: T5136973
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