COMO O TEMPO
Com o tempo...
Ganharemos outro rosto,
E a pele tornara-se, mas sentida,
O amor será posto de um novo gosto,
E já não teremos palavras
Para as mesmas rimas!
Com o tempo...
Cada palavra indicará uma saída,
E nossas mãos só se perturbarão em ata,
Apenas o que nos liga,
Com o tempo...
A carne de tão viva,
Torna-se a grande ferida,
Fadiga; é carregar um corpo que já não nos abriga!
Como o tempo...
O relógio é peça que não nos anima,
Embora, sonhar: água pura de cacimba.
Beber o espirito cheio e sustenta um corpo já caído.
Há um poema tão trivial, neste ser combatido.
Com o tempo...
A folia é mover-se em todos os sentidos,
É arrancar o lodo frio e triste bem cedo,
É gozar, sem ter sequer inda um desejo,
É usa neste corpo; lapear,
Para repousar bem-feito!
Com o tempo ganharemos outro rosto,
E a pele tornara-se, mas sentida,
O amor será posto de um novo gosto,
E já não teremos palavras
Para as mesmas rimas!
Como o tempo...
... só as ruínas!