De ti


De teus olhos sugarei as lágrimas, a todas,
A cada uma que insista correr em teu rosto,
A cada momento, quando presente o desgosto
Das vicissitudes da vida com que te açodas.

De teus lábios sugarei o hálito, o doce sabor
Que tanto me enternece ao sorver tua língua,
Mordiscarei teu lóbulo esquerdo que se míngua,
Ao ouvir-me sussurrar todo este meu amor.

De teus seios sugarei o néctar, talvez infenso
Até mesmo a este suave olor que me inebria,
Cantando-os, a todo momento, em poesias,
Cada vez mais, sempre e profundo, intenso.

De teu ventre amigo sugarei o suave absinto,
Que me conduz ao espaço infinito e que encerra
O tudo que na vida busquei, no céu e na terra,
Morrendo em teus braços feliz como ora me sinto.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 13/02/2015
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