A caixa de Pandora

Não acredito que os minutos existam

Para insistir em dar continuidade

Ao acaso que fomenta cada descaso

Angústias, dores e vaidade

E alegrias em poucos dias

Geralmente, nas noites frias,

Em que o mundo nos deixa à vontade

E de vento em polpa

A natureza nos poupa

A calmaria berrante invade

Com verdade mais louca, o silêncio

Em totalidade, a prórpia verdade

Tão inexistente quando os sonhos

Que ainda não viraram realidade

Desfrutes, os sabores

A carniça que devoram os abutres

Já foram vidas em excesso de amores

Tatas perdições em poemas e canções

Tanto que se grita calado de cabeça baixa

Pouco se testemunha de Pandora

Dentro de sua caixa

As coisas que estraçalham

No chão, caidas se espalham

Sob pés cortados

No caminho dos certos e errados

Se encontrar e se esbarrar

Perdidos no mesmo destino

Tanto o homem quanto o menino

Algo, por toda vida, insiste em buscar...