Ela.
Ela é livre.
Ela é leve
Ela leva consigo
A paz ou o castigo.
Ela é intensa.
Ela é presença.
Ela se faz de dia ou de noite.
Ela tem nome e codinome.
A quem diga que está morta
A quem finja nem saber o nome.
Mas ela está ali,
Onde a um pensamento a fluir.
Ela é pequena.
Ela é imensa também.
Ela é a forma escrita,
De um amor que faz bem.
Ela é brasileira.
E estrangeira.
Esta na língua de Dante
E de Manuel Bandeira.
A quem a guarde em segredo
Com vergonha de a ter
Pois dizem que sua época passou
E não tem mais nada a ver.
Pois se engana quem a trata deste jeito.
Ela é de hoje e do ano inteiro.
Ela se faz presente até a eternidade
Em forma de verso ou de música de qualidade
Ela não tem dono
Ela não tem ponto
Ela é o orgulho do poeta
Ela sua marca singela
Ela é silenciosa
Ela é um espetáculo
Estou falando da poesia
Que de nós sempre leva um pedaço.