Arte e Crítica

Belo dia e por acaso,

na velha pedra cinzenta,

tomado por franco azo,

da tarde tão calorenta,

o homem borrou a pedra,

com a lama pardacenta...

Ficou horas a olhar,

a arte de sua mão...

Foi feliz ao contemplar

prodigiosa criação...

Sequer viu se aproximar,

quem com a sua razão,

chegou para criticar...

De lá pra cá, confusão!

O mundo não é o mesmo...

Um a burlar a ilusão,

outro a gemer no ensimesmo...

Razão, qual dos dois terá?

Com visões tão antagônicas,

um tentando embelezar,

a mesmice das distópicas,

tardes que ainda virão,

outro a tacar seu ferrão...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 12/02/2015
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