DISSOLUÇÃO DO SER
JB Xavier
JB Xavier
Há um vazio que toma forma,
Disforme e confuso...
Há um foco difuso
E no horizonte
Um grito silencioso rompe as brumas...
E por entre as plumas
Um sonho bate em retirada...
Ficam na calçada
As poças refletindo a lua:
Universos na sarjeta, silenciosa e nua...
Há obscuridades iluminadas
Ao som silencioso de uma blasfema oração...
Há mãos ásperas como o veludo,
Trazendo o nada ao tudo,
No respeito irreverente de um riso tolo...
E a batida monótona do monjolo
Ataca as fibras de um viver triste e roto,
Onde o risível universo decai
Sob as feras que em carinhos se assanham...
Há formas que em vazios se desenham,
Iluminados obscurantismos
Estridentes estalam na pira congelada,
Ligando o tudo ao nada,
Num acalanto tosco e assustador...
Há um rio de lavas cristalinas,
Transformando a areia em purpurinas
Em cujo brilho meu ser desaparecerá...
Há uma eterna fatuidade nos elementos
E meu ser se transforma
No que jamais será...
* * *
Disforme e confuso...
Há um foco difuso
E no horizonte
Um grito silencioso rompe as brumas...
E por entre as plumas
Um sonho bate em retirada...
Ficam na calçada
As poças refletindo a lua:
Universos na sarjeta, silenciosa e nua...
Há obscuridades iluminadas
Ao som silencioso de uma blasfema oração...
Há mãos ásperas como o veludo,
Trazendo o nada ao tudo,
No respeito irreverente de um riso tolo...
E a batida monótona do monjolo
Ataca as fibras de um viver triste e roto,
Onde o risível universo decai
Sob as feras que em carinhos se assanham...
Há formas que em vazios se desenham,
Iluminados obscurantismos
Estridentes estalam na pira congelada,
Ligando o tudo ao nada,
Num acalanto tosco e assustador...
Há um rio de lavas cristalinas,
Transformando a areia em purpurinas
Em cujo brilho meu ser desaparecerá...
Há uma eterna fatuidade nos elementos
E meu ser se transforma
No que jamais será...
* * *