INCANDESCÊNCIA
Se dizia namorada de alguém que eu nunca vi
Ela quis manter distância me chamou de seu amigo
Fez de conta não queria ir além deste limite
Mas seu riso ofegava e seus olhos tinham chispas
Eu nem quis pular a cerca, quem fez isso foi desejo
Apertei contra parede lhe beijando com ardência
E se dando por vencida ela fez ficar vendida
E deixou que me atrevesse se jogando pela cama
Foi loucura à rasga roupas pra deixar o corpo em pelo
Vê-la assim que eu desejei todos os dias que eu lhe via
Foram valsa e relâmpagos sal com doce, dinamite
Explosões sem ter barulho, degradê da cor vermelha
Um perfume sem ter nome me invadiu pelas narinas
O meu corpo estremecia coração em disparada
Eu beijava sem parar qualquer parte do seu corpo
Feito boi que lambe sal mergulhei sem ter limites
Eu provei do seu sabor bem no delta das suas cochas
E depois em simetria nossos corpos se encaixaram
E por fim o apogeu mandou alma lá pra nuvens
Mundo para num momento, tudo, tudo fica mudo
E sem voz, no meu silencio, eu perguntei em pensamento
Se a razão desse prazer é a verdade de um amor ?