FLOR DE POESIA

Nem só de poesia

nutre-se o nosso

amor; mas o canto

poético sempre

emana dos nossos

corações amorosos,

cuja inspiração

provêm das flores

campestres que

aromatizam a

noite no sertão.

Então, qual flor

de poesia é o

nosso amar sob

o luar tão cheio

de fulgor; quando

o silêncio noturno

é quebrado com

o ruído do fluir

das águas do

ribeirão; banhando

os peixes ribeirinhos

que se acasalam

num aquático amor;

enquanto a mãe

d'água já ressona

sob o leito do rio

às margens de

espesso aluvião.

Permutamos

suaves carinhos

na quase silente

noite, dos sapos

que coaxam nas

beiras dos brejos;

eis que os aromas

das flores trazidos

pelo passar da brisa,

nos envolve qual

canto de ave noturna

com insônia, na

solidão das árvores;

e um forte gemido

de gozo de animal

no cio na encosta

do prado nevoento,

acelera o nosso

desejo tão esperado

de clímax amoroso,

na noite povoada

por fosforescentes

despertos pirilampos.

E é assim que, de

cada mover das

nuvens que cercam

o luar, brota o canto

poético que nutre

o nosso amor;

a semear na beleza

astral noturna,

o afeto unitivo

que une os nossos

corações amantes;

posto que, nossas

almas afins celebram

nas entranhas

da madrugada,

o modo supremo

com que Deus

harmoniza todas

as coisas, doando-as,

com absoluto amor,

a unidade eterna

do cosmo infinito.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 11/02/2015
Reeditado em 11/02/2015
Código do texto: T5133563
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