Brisa leve passageira
Sozinha, distante…
Foi como me vi
De uma menina que viveu no caos
Quase nunca constante
Que um dia enfim seu Eu verdadeiro pode ouvir
Seus cabelos bagunçados pela brisa do mar
E chinelos ásperos pela areia
De longe ela veio para perto
Menina moca, para ele, linda sereia
Querendo ouvir o que aquele homem falava
Mas mal se identificava
Como é que pode? ele me diz para ter liberdade
Mas somos privados de tanto…
Eu estava apenas a procura da verdade
Mas cheia de ingenuidade
Aquele rapaz parecendo capaz de me mostrar como me virar mesmo que no fim da linha
Pois era assim a vida dela, tanto sua quanto dela
vida minha tão sua, muito mais sua do que dela
só sabíamos do amar
não via o perder
e com o barulho do mar
puderam entender
Não esta do início para o fim
Mas a vida é assim
Eu sou assim
Me deixe ser livre como quero ser
Você não está vendo o quão diferente estou agora?
Pobre rapaz… hoje sabe que ela não pertence somente a ele mas também a ela
E pra você que agora me vê aos pedaços
Poderá me ver com braços abertos e muito gesticulados
Eu vou falando com toda a certeza
sobre seu olhar cheio de melancólicas belezas:
Não nos encaixote em injustos julgamentos
Já é uma canoa de tormentos
Sem liberdade plena me vejo incapaz
a minha liberdade não mais poderá ser tomada por sua falsa moral
certamente que ainda te espero
mas
é tão banal ainda te amar, te amo desde o buraquinho do coral
até a beira do mar
vai saber, sei lá
quem sabe do amar?
quem se atira no mar?
o mar
amar