Brisa leve passageira

Sozinha, distante…

Foi como me vi

De uma menina que viveu no caos

Quase nunca constante

Que um dia enfim seu Eu verdadeiro pode ouvir

Seus cabelos bagunçados pela brisa do mar

E chinelos ásperos pela areia

De longe ela veio para perto

Menina moca, para ele, linda sereia

Querendo ouvir o que aquele homem falava

Mas mal se identificava

Como é que pode? ele me diz para ter liberdade

Mas somos privados de tanto…

Eu estava apenas a procura da verdade

Mas cheia de ingenuidade

Aquele rapaz parecendo capaz de me mostrar como me virar mesmo que no fim da linha

Pois era assim a vida dela, tanto sua quanto dela

vida minha tão sua, muito mais sua do que dela

só sabíamos do amar

não via o perder

e com o barulho do mar

puderam entender

Não esta do início para o fim

Mas a vida é assim

Eu sou assim

Me deixe ser livre como quero ser

Você não está vendo o quão diferente estou agora?

Pobre rapaz… hoje sabe que ela não pertence somente a ele mas também a ela

E pra você que agora me vê aos pedaços

Poderá me ver com braços abertos e muito gesticulados

Eu vou falando com toda a certeza

sobre seu olhar cheio de melancólicas belezas:

Não nos encaixote em injustos julgamentos

Já é uma canoa de tormentos

Sem liberdade plena me vejo incapaz

a minha liberdade não mais poderá ser tomada por sua falsa moral

certamente que ainda te espero

mas

é tão banal ainda te amar, te amo desde o buraquinho do coral

até a beira do mar

vai saber, sei lá

quem sabe do amar?

quem se atira no mar?

o mar

amar

ClarArte e Fernanda Braz
Enviado por ClarArte em 10/02/2015
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