Cadáver ao éden
Essa paixão desenfreada deixa-me só!
Em um vazio frígido sem precedentes
Giram sem razão meus pensamentos.
Meu corpo em um esquife sem comitiva.
Desfila por esta rua catastrófica e cruel
Olhares especuladores desdenham e riem
Uma louvação de desprezos, sarcásticos.
Fazem-me fugir para o abismo funéreo.
Vejo a campa aberta a minha espera.
Tento acordar desse trágico momento.
Rodopios elevam meu cadáver ao éden
Num ríspido infortúnio a mim imputado.
Nilópolis, 10/02/2015.