O mestre do tempo
Caminhei dias e noites
pelos campos;
Conjurando o tempo
Chamando chuva.
A aldeia está cansada de procissão;
E já sem esperanças
de orar em vão;
Meus versos ?
Ah! Há muito aos deuses já não encantam;
Sinto se esgotarem meus artifícios;
Resta, resta me agora,
cumprir com a tradição dos sacrifícios.
E eu ofereço aos deuses implacáveis
nesta hora;
Meu coração em chamas.
Abram o meu peito!
(Inspirado em As Tres Encarnações de José Siervo, O Jogo das Contas de Vidro- Herman Hesse)