Cavaleiro do fim do mundo
Caminhei por mares de solidão.
A morte beijando o tempo,
Vontade de se perder em treva
Como há muito se diz no mito do herói.
Vejo uma estrela fundida no firmamento
Uma sombra paira sobre a cidade dos mortos,
Dentro dos sonhos uma voz pede-me...
Devora-me as unhas inteiras da consciência.
Com que tinta escreverei as dores dos mortais?
Como saberei da verdade esquecida na árvore?
Qual o tempo dos vivos?
E se há vida, por que há tantos ossos secos?
Fala-me do que um dia fomos,
Do que um dia foram os humanos...
Ouça-me...
Quando perdido de ti,
Conto o mito do herói imortal.
O castelo está caindo das estrelas.
De lá dentro saíra o maior de todos os monstros.
O sangue do deus escorrerá mais uma vez.