RAONI

Antonieta Lopes

O nobre chefe indígena invade,

Aguçando o olhar, as avenidas,

Curioso, ele procura novidade,

Longe das selvas densas e floridas.

Esqueceu do Xingu a tranquilidade,

Via sem atropelos e batidas

E por mais que o barulho desagrade,

Deslumbram-no vitrinas coloridas.

Que digo? um chefe indígena? um garoto,

Uma graça do céu feita menino,

Um netinho bem vivo, muito afoito.

Em BH o miúdo peregrino,

Mais fora d'água que um travesso boto

Quis voltar ao silvícola destino.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 09/02/2015
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