Lamentos na escuridão
Um dia mergulhei na mais profunda escuridão
Tudo era tão denso,tão lúgubre
Feito cortejo fúnebre
Meus olhos nada viam
Apena sentia eu as dores que carregava
As coisas boas partiam...
Meu corpo lentamente afundava
Um peso enorme trazia eu
Era o remorso que me castigava
Terrível padecimento meu
As Erínias com os chicotes nas mãos
Minha alma dorida sangrava
Meu corpo todo sofria
Sofria o peso da dor que levava
A consciência era a que mais padecia
Terríveis abismos minha alma cavava
E naquela pavorosa escuridão eu ouvia
Naquele silêncio horrível minha mente gritava
Não existe maior sofrimento
Que a consciência pesada
A minha gritava
Ela me maltratava
Era um grande lamento
Que me dilacerava