MELINDRA FORA DO COMUM
 

 
Areia que brilha
Areia branca
Pó de tempo
 sobre o caminho
passos dados serenos
o moreno de cabelo
cumprido
o forte sem camisa
tatuagens mágicas
trazem ela de dia
numa noite
que não parece tranquila
músicas nos bares
músicos iludidos
na esquina
tocam desprazeres
ao prazer
que querem ter
 das fêmeas
e não de moedas
oferecidas
vidas “vadias”
que sofrem apenas
de amor
uma cadeira vazia
um cinzeiro
e um rapaz aceso
 o calor que vem
da boca
precisa de um beijo
escondido
em palavras avulsas
me diga onde
o velho deixou cair a chave
me leve ao casebre
perto da “neve escura”
descubra minha pele
me serve um gole
do que tem de puro
mel de abelhas
lábios coelhos transando
línguas adentro
poison-louco
sugando
o veneno das veias
é um ácido tomado
que viaja pela cama
teia de aranha
desenhada nas costas
ele beija
o que está escrito
lendo p’ra ela nos ouvidos
sussurrando baixinho
Fuck me ever that 
on my feet fall

o sol pode erguer-se
logo de manhã
se houver chuva
nosso pequeno castelo
seguirá sonhando.

MELINDRA 
 
 
 COMMON OUT
 

 
Sand shining
white sand
Vacuum time
  on path
steps serene data
the hair dark
fulfilled
strong shirtless
magical tattoos
bring her day
overnight
that does not seem quiet
music in the bars
deluded musicians
on the corner
touch dislikes
pleasure
who want to have
  females
and not coins
offered
lives "bitches"
suffering only
love
an empty chair
an ashtray
and a burning boy
  heat from
mouth
need a kiss
hidden
on single words
tell me where
the old left drops the key
take me to the hut
near the "dark snow"
discover my skin
serves me a sip
than has pure
Honey bees
lips fucking rabbits
into the languages
poison-crazy
sucking
the poison of the veins
is taken acid
traveling the bed
cobweb
drawn back
he kisses
what is written
p'ra reading it in the ears
whispering softly
Fuck me ever que
on my feet fall
the sun may rise
in the morning
if rain
our little castle
follow dreaming.