ASAS DE POESIA
Do azul do céu,
Aspiro o oxigênio,
Filho das matas.
Sobrevoo as florestas
De mãos dadas com a emoção.
Quem tem asas de poesia,
Pousa no pântano,
Colhe a flor sem avaria.
Assim a colho
Para o vaso
Da porta de entrada.
Não se apaga na memória
O som da cachoeira encantada
Espalhando vida em torno.
Banhei-me nessa bruma,
Impregnei-me do belo
E do adorno.
Nem a grade de uma cela
Impediria um verso
À luz de vela.
Poeta algum lamentaria
A palavra aprisionada,
Pois a chave é a poesia
Da liberdade cerceada.
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08.02.2015