ASAS DE POESIA

Do azul do céu,

Aspiro o oxigênio,

Filho das matas.

Sobrevoo as florestas

De mãos dadas com a emoção.

Quem tem asas de poesia,

Pousa no pântano,

Colhe a flor sem avaria.

Assim a colho

Para o vaso

Da porta de entrada.

Não se apaga na memória

O som da cachoeira encantada

Espalhando vida em torno.

Banhei-me nessa bruma,

Impregnei-me do belo

E do adorno.

Nem a grade de uma cela

Impediria um verso

À luz de vela.

Poeta algum lamentaria

A palavra aprisionada,

Pois a chave é a poesia

Da liberdade cerceada.

18:54

08.02.2015

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 08/02/2015
Código do texto: T5130366
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