IRREVERÊNCIA

Eu levo a vida um pouco displicente,

Em derredor o alvoroço é ululante,

Devagar tudo desbravo, sigo adiante

Sem preocupar-me se sou irreverente.

A indiferença faz-me saborear solidão,

Mas nada às pressas tem tom perfeito

E circunstancialmente marca defeito,

Pois, correria não é amiga de perfeição.

Estou atento às intempéries e analiso

Cada detalhe que assoma em meu piso

Para combater usuras e deletar o mal...

Lentamente vou construindo o edifício

Onde subo e desço sem ser desperdício,

Mas coadjuvante do viver infinitesimal!

De Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 08/02/2015
Código do texto: T5130301
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