''O Fantasma que nunca dorme!''
''O Fantasma que nunca dorme!''
E a noite me machuca como nunca
Vi os velhos sonhos morrendo
na véspera
Os olhos do infortúnio penetraram
minha luz
Somente estilhaços largados em camadas
Somente pés sangrentos e mãos mortas
Perdidos nas estrelas esquecidas
De modo estranho,vejo o poder sobre mim
Os anos perdidos e sedentos neste chão
Todas as palavras grudadas sobre um anjo
E ele jamais dormiu nessa cama
Suas asas jamais embalaram a minha noite
Fomos largados no desespero
Faíscas de mentiras inventadas
para sobreviver
E tudo é fingimento para dormir
Deitada sobre a lona monstruosa
Sinto todos os dias caídos neste chão
Nunca veremos o que foi
Um dia, houve vida
Um dia,eu respirei
Hoje,a vela queimou
E eu me cego para não
ver a sua luz cair
E eu me cego para não
voltar a sentir
Carrego as malas da solidão duradoura
Carrego o frio latente em todos os meus ossos
Durante as noites,não existem mais sonhos
Durante os dias,não existem memórias
Estou largada no chão do esquecimento
Um dia, houve vida
Um dia,eu respirei
Hoje, a vela queimou
E eu me cego para não
ver a sua luz cair
E eu me cego para não
voltar a sentir
Em poucas horas,a figura enigmática da morte
Vai me encher de contos sobre fadas e anjos
Então,meus dias retornarão para o seu lugar
O meu eterno luto vai sossegar
Pularei das montanhas mórbidas
meu corpo feito o foguete suicida
Irá tremer em alívio imediato
E o seu poder nunca mais estará em mim
Já fui apagada de seu passado distante
Uma figurante da vida que nunca existiu.
E eu me cego para não
ver a sua luz cair
E eu me cego para não
voltar a sentir
By Morphine Epiphany
(Cristiane V. De Farias)