AVESSO DE MIM
Ando deveras meio meditabundo,
Os arautos da consciência estão grevistas,
Perambulo cismático à cata de pistas
Para uma melhor compreensão do mundo...
Do mundo? Ah, dum universo particular
Em que acervos problemáticos vivem livres
Fazendo-me cambalear nas lições que tive
No que tange a um aspecto íntimo: amar!
Amo-me, mas não sei se sou correspondido...
É que meu âmago baila-me de inimigo
Numa circuncisão de sonhos travessos...
Estou macambúzio... Não marco tentos,
A estas alturas deixo-me guiar pelos ventos
Que sopram alhures e me enxergo pelo avesso!
De Ivan de Oliveira Melo