Desengano
De anjos escondo verdades,
E evito a dor da certeza.
Que a vida, bordel de miragens!
Encanta e prepara surpresas.
Enganos de tudo e de todos.
Deslumbres e frágeis em si.
Sossegam a alma de engodos,
E escondem verdades de ti.
Então sucumbes à triste sina,
E o mundo ajoelhado termina,
Por pedir clemência celeste.
Não sou eu quem diz a vida,
Mas minhas mentiras assina,
O criador da vida terrestre.
IGOR TENÓRIO LEITE
17/04/2006