Desengano

De anjos escondo verdades,

E evito a dor da certeza.

Que a vida, bordel de miragens!

Encanta e prepara surpresas.

Enganos de tudo e de todos.

Deslumbres e frágeis em si.

Sossegam a alma de engodos,

E escondem verdades de ti.

Então sucumbes à triste sina,

E o mundo ajoelhado termina,

Por pedir clemência celeste.

Não sou eu quem diz a vida,

Mas minhas mentiras assina,

O criador da vida terrestre.

IGOR TENÓRIO LEITE

17/04/2006

Igor Tenório Leite
Enviado por Igor Tenório Leite em 04/06/2007
Código do texto: T512859
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