Amarras de Vento

Diante de um caos sem vislumbre,

Sem ação que apresente resultado,

Sinto nos pés um peso insalubre,

Que meu corpo ergue empalado.

Com a venda da hipocrisia na vista,

Persisto em transe nas ruas do mundo.

A cobrir o que não quero que exista,

Mas que não posso mudar os rumos.

Ah! Minhas amarras de vento!

Minha algema de puro relento,

Meus nós de cheiro amargoso.

Meu carrasco feito de nuvens!

Minha cela de falsos tapumes,

Minha forca de cordas de rogo.

IGOR TENÓRIO LEITE

03/06/07

Igor Tenório Leite
Enviado por Igor Tenório Leite em 04/06/2007
Código do texto: T512856
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