Ventos Poéticos
Os ventos continuam a soprar,
levam pétalas e olores em seu ventre,
carregam pensamentos e poesias,
por ondem passam, levam pranto e alegria.
Os ventos beijaram-me a face,
brisa fresca em sóis de Saturno,
árvores alienígenas na minha varanda
sombreando os devaneios vespertinos.
Os ventos continuam a ventar,
ventam e carregam sonhos e nostalgias,
varrem para bem longe alegorias
de versos insensatos sobre o lar.
Os ventos lavaram-me o rosto,
folhas secas de outonos de outrora,
redemoinhos viravolteiam pela mente
desconectando meus colapsos neurais.
Os ventos continuam a voar,
voos noturnos e diuturnos a ventar,
voos lunáticos por entre vias siderais
por onde ando sem sapatos com minha paz.