APREÇO DE FERRO
Uma cratera na montanha
escavada com suor e lembranças:
doces e amargas.
Amigos que ficaram pela estrada,
poemas por acabar.
Apreço de ferro,
arquitetura de almas,
canções de poeira e pó.
Infinito amar,
regurgitar de versos,
planos e sonhos,
dos quais se acorda
com a retina em chamas
fitando inerte o futuro na parede
isso é tudo que retrato.
Saulo Campos - Itabira MG