MESMICE
Portas trancadas
Janelas fechadas
Sonhos jogados
Um a um ao léu
Tenta em vão apanhá-los
Espalhados pelo céu.
Equilíbra-se na ponta dos pés
Estica seus dedos longos
Só o nada consegue alcançar
Perdeu a capacidade de sonhar.
Mantém (ainda) os olhos abertos
Mesmo sem nada enxergar
A visão nublou,
Como um dia invernal
Desfez-se em pranto
Feito um dia de verão.
Numa concha asilou-se
Hermeticamente fechou-se
Por fim juntou-se
As pedras frias do jardim
Numa mesmice que não tem fim.
(Imagem: Lenapena)
Janelas fechadas
Sonhos jogados
Um a um ao léu
Tenta em vão apanhá-los
Espalhados pelo céu.
Equilíbra-se na ponta dos pés
Estica seus dedos longos
Só o nada consegue alcançar
Perdeu a capacidade de sonhar.
Mantém (ainda) os olhos abertos
Mesmo sem nada enxergar
A visão nublou,
Como um dia invernal
Desfez-se em pranto
Feito um dia de verão.
Numa concha asilou-se
Hermeticamente fechou-se
Por fim juntou-se
As pedras frias do jardim
Numa mesmice que não tem fim.
(Imagem: Lenapena)