SAMBA DE AMOR

somente sofre quem ama

ouvia-se nas bocas o clichê

daqueles que viviam à mercê

de quem lhes dessem boa cama

somente amor quando dói

dizia o surrado estandarte

todo de brocal e escarlate

desses que o tempo não destrói

e assim é a vida

de quem ousa querer

nascer e morrer na avenida

e renascer como um enredo

sobre ter ou não ter

amor, paixão e medo