NÃO SEI
NÃO SEI
Vou conseguir?
Tão longe tudo
Planejei tantas coisas
Carros, apartamento, bom emprego
Tudo errado nada foi como planejado
Destruir o mundo por ter tirado meus sonhos
Odeio essa sociedade mesquinha
Hipócrita desgraça completa
Pessoas sem sonhos o que resta
Humanidade sem esperança
O que sobrou humanidade mais desumana
Levanto os dias são meus inimigos
Nada acontece no novo dia
Será mesmo um dia infortúnio
Caridade é a sobrevivência
Olhar o próprio umbigo
Faz sentido
Volta ao normal no seu anormal
Nobre leitor se um dia ler esses versos confusos
Vai entender o quanto é difícil esse momento
No meu bom pais
Não ser um nobre descendente
Mas minha nobreza é a minha miséria
Escrevo para que um dia quem ler possa entender
Que meu povo não é o marginal vilão
Mas a vitima da cegueira do estado
A minoria protegida da maioria desigualdade
Onde nos leva a existir e não a viver
Quero viver sem a escuridão
Quero a luz retornando nessa sociedade
Quero a alegria de uma criança esperança por dias melhores.
Autora: Marta Andrade Dos Santos.