SAUDADE

Quanta saudade me arde na alma,

pungente-soberba-egoísta-ridícula.

quantas vezes me nasce um sorriso esquecido,

para passar da vida que morre,

que morre nos raios do sol que abranda,que habita nas noites que o suspiro percorre.

E esqueço o tudo para viver o nada,

os olhos que vagam no ritmo opaco,

no peito um coração tão triste e mais triste se finda,

quando imagino habitar um mundo vago.

Quanta saudade me sacode o peito,

quando olho no céu um ponto distante,

ai quem me dera ter uma mão gigante,

para trazer uma estrela para os amantes.

Quem me dera ter os ouvidos bem finos,

pra ouvir nas súplicas dos conselhos divinos,

a histórica revolta da procura irracional.

Quanta saudade me arde no peito,

daqueles ais juvenis e purpúreos,

daqueles poemas endeusados,

de almas sensíveis e coração mais puro.

Quanta saudade de devora a alma,

pela tarde criança que tanto vivi,

pela garota tão bela e tão casta,

pela mamãe que nunca esqueci.

Oh quanta saudade me devora a alma,

quanta ciranda a vida me deu,

quanta criança ainda na estrada,irão me trazer saudades,

saudades e ADEUS.

ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
Enviado por ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA em 31/01/2015
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