Palavras Avulsas
Não sei rimar.
A rima me sai praticando.
Com versos viciantes.
Falo de almas brandas
Cores pardas, negras e alvejantes.
Não sou como os “grandes”
Porém sou depois do antes
Tenho sede da realidade constante
Vivo errante sobre coisas amantes.
Às vezes temo o perigo
É ele meu maior capricho!
Morro de ociosidade dessa minha idade
Sou dos mais pensantes, hiperpensantes
Um Alighieri sem Dante
A Comédia Divina agoniante.
As combinações que traço de versos quadrados
Não são palavras, que, juntas, soam brilhantes
Merecem atenção de quem nelas vê sentimento
E tão soltas a elas é a promíscua razão
Movo-me à emoção, sinto calma
Não medo... Em partir de um lado
Para um estilhaço começo.
Talvez a simplicidade seja importante
Visto que personalidade é coisa inconstante
Sofro de maus tratos por parte dos meus enganos
“Hermanos”
Reitero a verdade dessa veracidade
Pois de mim para alguém aqui dentro
Só resta a distância e a saudade.
E de tudo que sobra
Só me pertence toda essa hipersensibilidade.