MEU SERTÃO

Cheguei olhei lá fora,

o sol encrustara entre as montanhas,

o vento assobiava sua canção,

meu coração ressoava um cântico,

ao fitar de longe este sertão.

Este sertão que tantas vezes nascera,

e que tão lânguido ousa penetrar na minha imagem,

lembro que tão pequenino e inocente,

corria as ruas de passagens.

Este sol que me queima as costas,

não me causa dores, oh não causas,

sinto a força , a fé de meu sertão,

o verde lindo, o cheiro da boiada.

Sinto a lua sempre mais bela,

reluzindo as ruas empoeiradas,

sinto o riso aberto e franco,

daquela que foi minha namorada.

E o vento tão forte batendo,batendo

querendo,querendo

entre risos e palavras,

e correndo,correndo chega a notícia ,

que um dia deixaria minha amada.

E hoje retorno as plagas abertas,

de um lindo sertão sonhado,

onde já não vejo o riso,

nem o sertaneja tocando boiada.

E a amada que na infância foi amada,

hoje noutros braços tão estranhos,

já nem lembra mais que me amava.

ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
Enviado por ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA em 30/01/2015
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