HERÓIS ANÔNIMOS
HERÓIS ANÔNIMOS
Quando voltamos da orgia
Antes do sol despir a madrugada
Eles estão já, há muito labutando
Nos mais diversos batalho
Ou procurando condução
Para chegar ao trabalho,
Nas primeiras horas do dia,
Abandonam seu aconchego,
Às vezes com um nó no peito
Por deixar sua companheira apenas,
Na companhia de seu, surrado travesseiro;
Dá mais dó naquela gente
É nas madrugadas de inverno
Quando amanhece chovendo
Mas os heróis anônimos,
Mesmo com um frio horrendo
Tem que dá o seu jeito,
Trabalham com muito ardor
Para a casa sustentar,
Pois só ele é o provedor.
Refiro-me aos marreteiros e carapirás,
Que quantas vezes eles presenciaram
O sol, a madrugada desvirginar
Na margem do rio Guamá.
Onde fica localizada a CEASA
Na minha Belém do Pará.
Capanema, 29 de janeiro de 2015. Samuel Alencar