A maçã no asfalto
O silêncio quedou-se por sobre a tarde fria.
Imóvel, no canto da sala, um gato ressonava, alheio ao tempo.
Tudo, ao redor, era silêncio.
No ar um aroma de jasmim perfumava a sala, invadia os quartos, deixava a cozinha com aspecto de jardim.
Vasos de azaleias, na janela, coloriam os olhos dos passantes, na ruazinha de pedras íngremes, afastada da civilização.
Longe a cidade respirava o progresso tardio, com novas construções, arranha-céus que iam cortando o espaço, tornando a paisagem uma selva de pedras e concreto.
Ali, a maçã no asfalto.