A CRUZ
Trazendo a cruz no punho das espadas,
No olhar trazendo chamas de bravuras,
Ei-los que nestas plagas encantadas,
Pisam, soltando em grito de ventura.
Do mar em frente às vagas assombradas,
Em face da floresta, enorme e escura,
Solene, entre as bandeiras desfraldadas,
A Hóstia sobre, relumbrante e pura;
E enquanto o sol, no ferro da couraça,
Risca de prata e sangue os peitos seus,
Um silêncio tetérrimo perpassa...
Cortando em quatro o mundo dos espaços,
É o pelouro secular de um Deus,
Que abre no azul os formidáveis braços!
1900 - "Suprema Epopéia."