Sobre o Frescor da Manhã

Depois da chuva

na fresca manhã

de flores orvalhadas,

de pássaros álacres;

insetos joviais drapejam

entre folhagens alvissareiras,

nuvens lépidas adejam,

cinéreas formas pardacentas.

Depois da chuva

as cores no âmbito

se misturam vivazes,

o sol nasce galerno;

a brisa é fagueira

e lava o rosto prazenteiro

que lança o olhar a divagar

no pitoresco vislumbramento.

Depois da chuva

o poeta aboleta-se à varanda

e num gesto costumeiro

empunha a pena anavalhada;

o pensamento é longínquo

e dança no lusco-fusco da aurora,

seu elã papalvo descortina

incauto o zéfiro rudimentar.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 27/01/2015
Código do texto: T5116128
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.