A ALVORADA BRILHA NO SEIO INFLAMADO
A alvorada brilha no seio inflamado.
No leito do rio corre a esperança
Nas águas mornas que benzem o entardecer.
Não subirei os degraus fatídicos à queda,
Descerei aos vales guardiões do garimpo.
Se me incomodam os cochichos
Cantarei mais alto a canção doutrinária
Nos versos da paz.
A companhia de um anjo
Fará-me flutuar sobre as nuvens do arrebol.
Vou sorrir nesse engenho das fantasias.
Soprando um vento que busca me derrubar,
Agarro-me a ele.
Juntos, nossas forças premiam a calmaria.
Um passarinho a tudo observa
E eu o imito, o observo também.
28/01/2010 - 02h35