JANEIRO
Algo me diz
que o mês de janeiro
precisa de poesia!
E talvez uma pitada
desta nostalgia
de que se reveste os poemas...
É que faz tanto calor
e o sol tem qualquer coisa
de fulgor e magia...
Mas estava pensando:
Janeiro em si já é um poema.
É que ele teve a ousadia
de ser o primeiro do ano
e desfila seus dias de verão
nessa cálida rebeldia;
ou nas mesas d’algum bar
quando a tarde se principia...
e também pelas praias quentes,
pelos corpos seminus,
e até pela paixão que anestesia...
Seus dias de sol ou de chuva,
às vezes até trás certa melancolia...
Éh, Janeiro é poesia
e nem é preciso rima,
essa guerra às vezes fria,
traçadas entre a alma e os dedos,
mas que nunca são denunciadas
senão a uma folha branca...
Éh, Janeiro é poesia...
( imagem: google)
( OBS: Janeiro é poesia apesar do calor e das contas peculiares dessa época. Aff.)