MIRTES ENTRE OUTROS CONTOS
Os Nervos lupinos
 
 
o meninas
No disfarce
Das infímias donas
De uma razão absurda
A muda caliente
Que não muda
Porque muda de roupa
Troca o perfume
As cores da blusa
Amarra na cintura
Deixa descobrir
O que quer sentir
Por que tem um respiro
Sensual marcado
Ofendendo
Abaixo
Dizendo sobre
As estrelas que já viu
E quer ver
existe um talho mesclado
Desenhado
Numa figura passivel
Que acorda mordaças
Até mesmo
Couraças duras
“de quem desvia olhar”
Pra não ver
O que tenta uma ação
Que o corpo faz
Sai correndo
Pelo menos
A mente voa
Como o vento
Até onde os permitidos
Da fé se escondem
Cores simples
Vestido longos
Roupas de festa
Sem festa
Pra dançar
Cantam louvores
Aos senhores
Que mascavam dores
Dos alheios
Sofridos
Tem o abrigo
Máscara de âmfibio
O menino
A menina
A infância
Não nasceu por acaso
Um vaso sozinho
Aterrado
Pela mais bela
Das terras puras
Apenas perdura
Vazia do que
Do contrário
Se podia ver brotar
Sem que alguém
Coloque
Um pouco do seu
Choque supremo
O veneno da líbido
Só é um perigo
Quando se quer
Fugir
Do animus-selvagem
E cair no prazer retrátil
Volátil
O prazer fácil
O prazer de narciso
O quieto sorriso
Avulso do gozo.