Do Fogo Pequeno
Quando fogo pequeno e, do amor, o brinquedo
foi o brilho moreno de um olhar inocente
que, embora sereno...pois ainda era cedo...
queimava o veneno que, ao brincar, não se sente.
Porém a brincadeira...que se brincava sem medos...
teve a vez primeira...e foi, assim, de repente...
de sentir a fogueira...então, com lingua e dedos...
pela pele inteira...e não, nos olhos, somente.
Era febre de vulcão...um derreter de rochedo...
derretendo a razão da rocha virgem, na mente;
era a erupção de ver o já evidente...
o que, pelo coração, era visto (em segredo)...
era perene verão de um sol de dor tão ledo...
era fogo de paixão...era fogueira de gente.
25-01-2015